O sonho da maioria das mães de recém-nascidos é poder ver o rostinho do bebê, pegar no colo e ter um primeiro contato com a criança fora do útero. Porém, para algumas mães, infelizmente, isso não é possível, seja por problemas com o bebê, seja por questões com a mãe, como foi o caso de  Macenzee Keller.

Keller, que foi infectada pela Covid-19 durante a gestação, lutou por sua vida durante dois meses, tendo precisado de ventilação mecânica para se manter viva. Porém, diferente de muitas outras, essa história teve um final feliz e Macenzee Keller pôde ter seu filho Zachery em seus braços.

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A reunião de mãe e filho aconteceu em 3 de fevereiro, quando a avó da criança levou para Keller uma criança saudável, que, aos dois meses de vida, pesava cerca de 5,5 kg. Segundo Keller, o encontro foi emocionante e marcou o fim de uma longa espera.

Diagnóstico uma semana antes do parto

Com parto previsto para o dia 7 de dezembro, Keller foi diagnosticada com a Covid-19 duas semanas antes da data. Com uma evolução rápida do quadro, ela foi internada em 27 de novembro. A última coisa que ela se lembra é de ter saído de seu apartamento sofrendo de falta de ar.

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No dia seguinte, a mãe precisou passar por uma cesariana de emergência, que foi realizada no Centro Médico Católico, na cidade de Manchester, na Inglaterra. Em seguida, ela foi sedada, intubada e transferida para o Centro Médico Dartmouth-Hitchcock, em Lebanon, nos Estados Unidos.

Ainda em estado grave, Keller foi submetida a um tratamento especializado de oxigenação do sangue. O procedimento utilizado por ela foi a oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO). Que renove o dióxido de carbono do sangue e o bombeia de volta para o corpo posteriormente.

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Keller ficou dependente do ECMO por 47 dias, um tempo um pouco maior do que a média que o tratamento é administrado. Em geral, o tempo que os pacientes passam ligados à máquina não é maior do que 30 ou 40 dias.

Nas semanas seguintes, Macenzee Keller foi melhorando gradativamente, até o momento que deixou de ser dependente do ECMO. Um tempo depois, ela retornou a consciência e percebeu onde estava, por tudo que passou, e que agora era mãe de um recém-nascido.

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Como um ‘cochilo’

Para ela, a sensação foi a mesma de adormecer em um ônibus e acordar sem saber exatamente onde está. Em um tempo relativamente curto, Keller retomou os movimentos das pernas e passou a conseguir se movimentar com auxílio de um andador.

Apesar da bela história de superação, os médicos que trataram Macenzee Keller alertam que ela só passou por uma batalha tão grave contra a Covid-19 por ter se mantido reticente em relação à vacinação. Ela não se diz antivacina, mas confessa que ficou com medo de se imunizar durante a gestação.

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Mesmo após quase não ter a oportunidade de conhecer seu filho, ela não se mostra arrependida da decisão que tomou. “Parte de mim diz que eu teria tomado a vacina, mas outra parte de mim ainda diz que não queria arriscar qualquer coisa”, disse ela.

Os médicos e autoridades de saúde, porém, são unânimes em dizer que a vacinação contra a Covid-19 é segura para gestantes. Para os especialistas, os benefícios da imunização são infinitamente maiores do que os riscos potenciais da vacinação durante a gravidez.

Hoje, Macenzee Keller tem uma vida relativamente normal, necessitando apenas de um oxímetro no pulso para medição dos níveis de oxigênio no sangue. Além disso, ela passa por consultas médicas periódicas e faz sessões de fisioterapia para poder voltar a caminhar.

Via: Medical Xpress

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