Maio já está chegando ao fim, e podemos dizer, sem dúvida alguma, que o céu deste mês nos presenteou com fenômenos fascinantes. Tivemos uma conjunção planetária entre Marte e Júpiter, as chuvas de meteoros Líridas e Eta Aquáridas e ainda vem por aí uma tempestade de meteoros, para fechar o período da forma mais espetacular possível. Não podemos esquecer, também, da linda Lua de Sangue formada pelo eclipse total lunar que abrilhantou a madrugada entre os dias 15 e 16.

O fenômeno rendeu imagens belíssimas, que tomaram conta da internet naquela semana. Até a tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS) compartilhou alguns registros inigualáveis, feitos pela astronauta Samantha Cristoforetti, da Agência Espacial Europeia (ESA), sob uma perspectiva privilegiada.

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É cada clique mais incrível do que o outro, e mesmo depois de duas semanas do ocorrido, novas imagens ainda são divulgadas e conseguem nos surpreender ainda mais. É o caso desta fotografia feita pelo estudante de astronomia australiano Aman Chokshi, que atualmente está trabalhando no Telescópio do Polo Sul, na Antártica, observatório que estuda a radiação de micro-ondas emitida pelo cosmos como parte da rede Event Horizon Telescope (EHT).

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O eclipse lunar total de maio, que provocou o fenômeno Lua de Sangue, brilhando acima do Telescópio do Polo Sul, na Antártica, com um intenso show de luzes da aurora austral ao fundo. Imagem: Aman Chokshi

Esse impressionante registro de lapso de tempo mostra o recente eclipse lunar total acima do observatório, tendo uma magnífica aurora austral como pano de fundo no estrelado céu polar.

Fotógrafo explica como a imagem do eclipse foi composta

“A Lua gradualmente escureceu e ficou laranja. Foi uma loucura ver como o céu escureceu e as milhões de estrelas da nossa galáxia Via Láctea emergiram”, disse Chokshi por email ao site Space.com. “No auge do eclipse, um bando de auroras brilhantes surgiu através do céu. Uma noite verdadeiramente espetacular!”.

Ele explicou que captou as imagens que compõem esse lapso de tempo durante um período de 5 horas.

“A imagem de fundo é uma única exposição de 20 segundos com uma lente sigma de 24-70 milímetros, em f/2.8, ISO 3200 em uma câmera Sony A7RVI, e foi capturada no auge do eclipse”, disse o astrofotógrafo. “A matriz de imagens lunares foi capturada com uma antiga lente de filme Sigma de 400mm, em uma Sony A7S, com base em um rastreador de estrelas do Skywatcher. O resultado contém imagens da Lua a cada quatro minutos”.

O Polo Sul, atualmente se aproximando do pico do período de inverno, está submerso na escuridão permanente, e os expedicionários polares têm que aturar algumas das condições climáticas mais extremas que se pode experimentar na Terra.

“Tivemos um vento sustentado de 15 e 20 nós, o que levou à temperatura ambiente a menos 60 graus Celsius”, revelou Chokshi. “Ambas as câmeras tinham que ser alojadas em caixas especiais de espuma aquecida para evitar que congelassem”.

Se quiser ver mais fotos deslumbrantes feitas por Chokshi, você pode seguir o australiano no Instagram.

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