Em novembro do ano passado, a Rússia executou um teste antissatélite que causou consequências para a Estação Espacial Internacional (ISS) e até para os satélites Starlink. Na ocasião, uma análise feita pela empresa norte-americana LeoLabs, especializada em segurança e monitoramento da órbita baixa da Terra, sinalizou que os fragmentos podem representar risco de colisão por décadas.

Estação Espacial Internacional sobre o planeta Terra
A Estação Espacial internacional (ISS) precisou ter sua órbita levemente elevada para não correr o risco de colidir com detritos espaciais. Imagem: Vadim Sadovski/Shutterstock

Na última quinta-feira (16), um pedaço de lixo espacial derivado do mesmo teste russo, que destruiu um satélite soviético inativo chamado Cosmos 1408, forçou a ISS a manobrar para evitar uma colisão. A agência espacial russa Roscosmos usou a nave de carga Progress MS-20 (da missão Progress 81), que está ancorada no laboratório orbital desde o início do mês, para mover a estação.

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“Confirmo que às 22h03, hora de Moscou, os motores da nave de transporte russa Progress MS-20 realizaram uma manobra não programada para evitar uma aproximação perigosa da Estação Espacial Internacional com um fragmento da espaçonave Kosmos-1408”, escreveu o chefe da Roscosmos, Dmitry Rogozin, no Telegram.

Um vídeo da atividade foi divulgado pela agência no mesmo serviço de mídia social e compartilhado por alguns usuários no Twitter, como Katya Pavlushchenko, que se descreve como uma “entusiasta da exploração espacial”.

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De acordo com o site Space.com, a cápsula Progress disparou seus propulsores por 4 minutos e 34 segundos para mover o complexo orbital para longe da trajetória do lixo espacial, elevando ligeiramente a órbita da estação.

Nenhum dos tripulantes da ISS esteve em perigo, e a manobra não teve impacto nas operações da estação, segundo comunicado da NASA, que explicou que a ação foi crucial. “Sem a manobra, previa-se que o fragmento poderia ter passado a cerca de 800 metros da estação”.

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