A Alphabet, controladora do Google, anunciou na sexta-feira (1º) que vai excluir dados de localização que mostrem visitas de usuárias a clínicas de aborto. Sem mencionar o tema, a empresa americana afirma que vai continuar a se opor a “demandas impróprias ou excessivamente amplas” por parte do governo federal.

No fim de junho, a Suprema Corte dos EUA decidiu por anular o direito constitucional ao aborto, abrindo espaço para que cada um dos 50 estados americanos adote vetos locais. Com a decisão, no entanto, as empresas de tecnologia temiam que a polícia pudesse obter mandados para acessar o histórico de buscas de clientes, entre outras informações que revelassem planos de gravidez.

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Desta forma, a partir das próximas semanas, entradas no histórico do Google com locais sensíveis, entre elas centros de fertilidade, clínicas de aborto, refúgios de violência doméstica e instalações para tratamento de vícios, serão excluídas logo após a visita. A empresa disse ainda que o histórico de localização está desativado por padrão.

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Dados no Fitbit também poderão ser excluídos

O Google é a primeira empresa de tecnologia a revelar como lidará com os dados dos clientes frente à decisão do tribunal sobre a aborto, além de expor como esta pode ser imposta pelas autoridades. A companhia também disse na sexta-feira que as usuárias em breve poderão excluir de forma mais rápida registros de menstruação no Fitbit, um aplicativo de rastreamento de saúde vinculado à empresa, em vez de um de cada vez.

O Google não detalhou, porém, como a empresa identificará tais visitas ou se todos os dados relacionados serão apagados dos servidores.

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“Levamos em consideração as expectativas de privacidade e segurança das pessoas que usam nossos produtos e notificamos as pessoas quando cumprimos as exigências do governo, a menos que sejamos proibidos de fazê-lo ou que vidas estejam em risco”, disse Jen Fitzpatrick, uma das vice-presidentes do Google, em nota.

Crédito da imagem principal: Thomas A Fink/Shutterstock

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