Dias após divulgar um comunicado pedindo uma ação “urgente e coordenada” para conter a propagação da chamada varíola dos macacos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que vai reunir seus especialistas para decidir sobre o agravamento do surto. A agência da Organização das Nações Unidas (ONU) está analisando se o vírus agora constitui uma emergência global de saúde pública, o mais alto nível de alerta.

Uma segunda reunião do comitê de emergência sobre a varíola será realizada. Até o momento, mais de 6 mil casos de infecção foram confirmados em 58 países – um surto foi relatado desde o início de maio fora dos países da África Ocidental e Central, onde a doença é endêmica há muito tempo.

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Em uma entrevista coletiva na sede da OMS, o diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou estar preocupado com a escala e com a disseminação do vírus monkeypox. “Minhas equipes estão acompanhando os dados. Pretendo reunir novamente o comitê de emergência para que eles estejam atualizados sobre a epidemiologia atual e a evolução do surto de varíola e a implementação de contramedidas”, disse o diretor, que deve reunir os especialistas na semana de 18 de julho “ou antes, se necessário”.

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Número significativo de casos não detectados de varíola dos macacos

Tedros Adhanom disse que a Europa é o atual epicentro do surto, registrando mais de 80% dos casos de varíola global neste ano. “Os testes continuam sendo um desafio e é altamente provável que exista um número significativo de casos não detectados”, apontou. Na África, os casos estão surgindo em países não afetados anteriormente e números recordes estão sendo registrados em lugares com experiência anterior com varíola.

O plano atual da OMS para conter a disseminação se concentra em conscientizar os grupos populacionais afetados e incentivar comportamentos seguros e medidas de proteção. No Brasil, o Ministério da Saúde informou no último domingo (3) que foram registrados 76 casos de varíola dos macacos.

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Segundo os dados, São Paulo lidera o ranking com 52 pacientes confirmados, seguido pelo Rio de Janeiro, que registrou 16 pessoas com a doença. Ceará, Minas Gerais e Rio Grande do Sul estão empatados com 2 casos cada, enquanto o Distrito Federal e o Rio Grande do Norte registraram apenas um caso da doença.

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Imagem: Irina Starikova3432/Shutterstock