Pessoas que sofrem a morte de um familiar próximo correm maior risco de mortalidade por insuficiência cardíaca (IC). Esse risco é maior durante os primeiros sete dias após a perda.

As informações foram publicadas no Journal of American College of Cardiology: Heart Failure. Liderada pela doutora Krisztina László no Instituto Karolinska, na Suécia, a pesquisa encontrou uma associação entre a perda de um familiar próximo e um risco aumentado de mortalidade por IC. Isso após a morte de um filho, parceiro, neto e irmão – mas não após a morte de um dos pais.

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A insuficiência cardíaca é uma condição séria em que o coração não consegue bombear sangue e oxigênio suficientes para os órgãos do corpo. Existem várias causas de IC, incluindo danos criados por um ataque cardíaco, pressão alta – que sobrecarrega o coração – e uma doença do músculo cardíaco chamada cardiomiopatia.

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O consumo excessivo de álcool, certos tratamentos contra o câncer e a anemia são outros fatores importantes para a condição. A IC também pode ser causada pela cardiomiopatia de Takotsubo, também conhecida como “síndrome do coração partido”.

O luto como fator de risco

Em seus trabalhos, os pesquisadores analisaram os registros de pacientes entre os anos 2000 e 2018 do Registro Sueco de Insuficiência Cardíaca e dados de 1987 a 2018 do Registro Sueco de Pacientes. Quase 500 mil indivíduos com IC foram incluídos no estudo.

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No decorrer da pesquisa, 12% dos participantes passaram pela perda de um familiar próximo. No caso, um filho ou filha, um companheiro (marido, esposa, noiva, etc.), neto, irmão ou um dos pais, durante o período médio de 3,7 anos. 383.674 pacientes com IC morreram.

O maior risco de mortalidade foi observado após a perda de um companheiro (20%) ou de um irmão (13%). Os pesquisadores também observaram um aumento de 10% no risco de mortalidade após a morte de uma criança e um aumento de 5% no risco após a perda de um neto.

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O risco de mortalidade aumentou quando mais de um membro da família morreu e a associação do luto com a mortalidade de pessoas com IC foi maior em pessoas com mais de 75 anos de idade. O estudo também observou que, em geral, o risco de mortalidade após qualquer perda foi maior na primeira semana após o luto.

“Os resultados do estudo podem exigir maior atenção de familiares, amigos e profissionais envolvidos para pacientes enlutados com insuficiência cardíaca, particularmente no período logo após a perda”, diz a Dra. Lásló. Ela também explica que é importante entender as causas subjacentes do aumento do risco de morte e “se fontes menos graves de estresse também podem contribuir para um prognóstico ruim na insuficiência cardíaca”.

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Imagem: Travel Man/Shutterstock

Via Medical News Today