Conceito de navio voador autônomo com inspiração soviética quer revolucionar a logística marítima; assista

Um conceito de navio voador, autônomo e com inspiração soviética, está sendo trabalhado para revolucionar o transporte marítimo de cargas
Por Ronnie Mancuzo, editado por Acsa Gomes 17/07/2022 16h33, atualizada em 19/07/2022 15h06
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A Flying Ship Company, com sede no estado americano da Virgínia, está trabalhando em um novo tipo de navio para o transporte marítimo de cargas, autônomo e voador. O veículo traz uma inspiração soviética, mais precisamente, na tecnologia Ekranoplan, que aproveita o princípio aerodinâmico do chamado “efeito solo” para voar sobre a água.

Ou seja, um trabalho dotado de princípios trazidos do final da década de 1960, sendo aplicados em uma estrutura atualizada em tecnologia, materiais e motores elétricos. Em seu site, a empresa afirma que o navio voador fornecerá “uma alternativa rápida e econômica às operações tradicionais de carga”, sendo até 10 vezes mais rápido que uma embarcação tradicional.

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“Esses Flying Ships com patente pendente vão revolucionar o setor de logística global com a combinação de propulsão elétrica híbrida e aerodinâmica do século XXI. A integração desses conceitos diminui drasticamente o custo do veículo, melhora a eficiência do combustível e reduz as emissões de CO2”, diz a empresa ao apresentar seu vídeo no YouTube – que já superou a marca de 1 milhão de visualizações:

Um navio autônomo que voa

Basicamente, o efeito solo que sustenta o conceito do navio voador oferece uma redução no arrasto e usa o downwash das asas para criar uma almofada de ar abaixo delas, fazendo o veículo se elevar. Essa elevação adicional permite uma diminuição no uso de energia entre 30 a 50% em comparação com aeronaves tradicionais ao transportar o mesmo peso.

A embarcação também está sendo pensada para não precisar de tripulação, já que será equipada com tecnologia autônoma de ponta. Mas de início, a empresa indica que os navios elétricos serão semi-autônomos, tendo dez metros de comprimento para operações na infraestrutura marítima existente – usando marinas, praias e rampas para barcos já em operação. Em alcance, são estimadas 500 milhas náuticas (926 km) por carga e, em capacidade de carga, cada unidade poderá transportar 1.200 kg.

Por serem classificados como embarcações marítimas, os veículos não são regidos por reguladores federais do espaço aéreo, o que pode beneficiar uma entrada mais rápida no mercado e menores custos de desenvolvimento e operação. Agora, de acordo com a empresa, as gerações futuras não serão apenas totalmente autônomas, mas também maiores e farão uso de tecnologias alternativas de propulsão verde para dobrar o alcance e aumentar a capacidade de carga em até 2.700 kg.

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Ronnie Mancuzo
Redator(a)

Ronnie Mancuzo é analista de sistemas com especialização em cybercrime e cybersecurity | prevenção e investigação de crimes digitais. Faz parte do Olhar Digital desde 2020.

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.