A missão Artemis 1 reentrou na atmosfera terrestre no último domingo, dia 11, por volta das 14:40 do horário de Brasília, depois de quase um mês no espaço. A missão realizada pela agência espacial norte-americana (NASA) marcou o início do que deve ser a volta do homem à Lua.

A Artemis 1 teve como objetivo testar equipamentos e a nave espacial Orion, para que a próxima missão seja tripulada. Em vídeo publicado pela NASA podemos acompanhar uma seleção dos melhores momentos da primeira missão do projeto Artemis. 

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O lançamento da Artemis 1

A missão foi lançada na madrugada do dia 16 de novembro, com cerca de 40 minutos de atraso. Próximo ao horário originalmente marcado para ser realizado, a NASA anunciou que o lançamento da Artêmis 1 precisaria ser atrasado devido a necessidade de substituir um switch de internet, responsável pelo sistema de auto destruição do foguete, que deve ser acionado caso haja qualquer problema que obrigue o abortamento da missão. 

Assim, por volta das 3:47 do dia 16, a Orion foi lançada a bordo do foguete Space Launch System (SLS) levando consigo três manequins humanoides, uma porção de souvenires e alguns equipamentos. Na subida de cerca de 12 minutos para a órbita, os motores do estágio central do SLS consumiram todo seu combustível líquido e foram desligados. Nesse momento, a cápsula Orion se desprendeu do foguete, continuando a orbitar nosso planeta liberando imagens impressionantes do espaço e da Terra

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Órbita lunar

Depois disso ela partiu em direção à Lua. Em seu terceiro dia de missão, no dia 18, ela liberou as primeiras imagens da Lua. A espaçonave estava a 350 quilômetros da Terra, e 150 quilômetros da Lua. Na manhã do dia 21 a missão Artêmis 1 fez seu sobrevoo mais próximo do satélite a 100 quilômetros de distância. O momento foi transmitido pela NASA e rendeu muitas imagens da Terra vista da Lua. 

(Orion orbitando a Lua Imagem: NASA)

No dia 25, a espaçonave Orion entrou na órbita retrógrada distante da Lua. “Retrógrada” se refere ao fato de que a cápsula vai girar em torno da Lua no sentido oposto ao que o astro orbita a Terra. E “distante” significa, na prática, que Orion alcançará 64 mil km além do nosso satélite natural. O marco foi realizado no dia 29 de novembro e a humanidade quebrou o recorde de voo mais distante da Terra, que pertencia a missão Apollo 13, com 401.798 quilômetros. A Artemis 1, atingiu cerca de 435 mil km e pode fotografar a Lua coladinha com a Terra

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De volta à Terra

Alguns dias depois ela voltou para o ponto mais próximo da Lua, onde usou a força gravitacional do satélite para voltar à Terra. No dia 5 de dezembro, a Orion realizou uma queima de motores de 207 segundos, a maior de toda missão Artêmis 1, para realizar a manobra de retorno ao planeta. No mesmo dia ela registrou todos os 6 pontos da Lua visitados por humanos. 

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A Orion voltou para órbita terrestre no dia 11, a 40 mil km/h, ou seja cerca de 32 vezes a velocidade do som. A nave atingiu cerca de 2,8 mil °C, metade da temperatura da superfície do Sol. A reentrada serviu para testar o escudo térmico da espaçonave para as próximas missões tripuladas. O escudo possui 5 metros de largura e de uma a três polegadas de espessura.

nasa splashdown artemis
Orion após a queda no Oceano Pacifico. Imagem: NASA

A espaçonave caiu na costa da Baixa Califórnia, estado mexicano que faz fronteira com a Califórnia estadunidense. Ela caiu a apenas 480 km do local originalmente imaginado para sua aterrissagem, que era perto da cidade de San Diego. A mudança foi feita para escapar do clima tórrido esperado mais ao norte.

Próximos passos

Um navio da marinha dos EUA, o USS Portland, esteve na área aguardando para recolher a cápsula e levá-la de volta à San Diego. De lá, ela será encaminhada ao Centro Espacial Kennedy da NASA, onde passará por check-out pós voo completo. A NASA iniciará agora o preparo da próxima missão Artêmis, a Artêmis 2, que enviará astronautas para fazerem o mesmo trajeto da Artemis 1, em 2024. Já a Artêmis 3 está programada para deixar homens e mulheres no polo sul lunar em 2025 ou 2026.

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