O ex-astronauta canadense Chris Hadfield concedeu uma entrevista à rádio pública de sua terra natal, a CBC, para falar um pouco sobre um tema quente: o aumento do interesse público em relação aos objetos voadores não identificados (OVNIs). Durante a conversa, Hadfield buscou deixar claro que não saber explicar algo que viu não é necessariamente uma evidência da existência de vida extraterrestre.

“Obviamente, já vi inúmeras coisas no céu que não entendo”, disse o ex-astronauta, que também foi piloto da Força Aérea Canadense e da Marinha dos Estados Unidos. “Mas ver algo no céu que você não entende, e então concluir, imediatamente, que é vida inteligente de outro sistema solar, é o cúmulo da tolice e da falta de lógica”, disparou ele.

Alguns especialistas dos EUA, como o criador do blog especializado em defesa The Warzone, Tyler Rogoway, acreditam que os avistamentos misteriosos podem ter uma explicação bem mais simples: são drones que pertencem a adversários políticos dos estadunidenses, como China, Rússia e Irã.

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Mas de acordo com Hadfield, por mais que os alienígenas não estejam por trás dos OVNIs, a hipótese de que nós não estamos sozinhos no universo não deve ser descartada. “definitivamente, até este ponto, não encontramos evidências de vida em nenhum lugar, exceto na Terra, e estamos procurando”, disse ele à CBC.

Exploração de Marte

Chris Hadfield foi o primeiro astronauta canadense a viajar para a ISS. Crédito: Nasa/Divulgação

Além da questão dos OVNIs, Chris Hadfield também falou sobre um outro assunto que desperta paixões, a exploração de Marte. Para ele, mais do que objetos que aparecem na Terra e são difíceis de explicar, possíveis achados no Planeta Vermelho podem ser a chave para descobrirmos se estamos ou não sozinhos no universo.

“Por que estamos tentando pousar em Marte? Bem, acho que a questão fundamental é que Marte era muito parecido com a Terra há quatro bilhões de anos quando a vida se formou na Terra”, disse ele. “Então, se aconteceu aqui, aconteceu lá? Se sim, ficará evidente em algum lugar do registro geológico”, complementou.

O ex-astronauta tem a esperança de que um dos rovers que está explorando Marte possa encontrar, por exemplo, vida fossilizada ou primitiva, durante a colheita de amostras do solo marciano. “Se isso acontecer, saberemos que não estamos sozinhos no universo”.

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