Após um bem-sucedido voo inaugural, que levou seu fundador Richard Branson e mais três funcionários à fronteira do espaço, a Virgin Galactic está reiniciando a venda de passagens para voos turísticos suborbitais.
O anúncio foi feito durante a divulgação dos resultados fiscais da empresa para o segundo trimestre de 2021, quando ela revelou uma perda de US$ 94 milhões devido a custos operacionais, e arrecadação de apenas US$ 571 mil.
A empresa espera iniciar os voos comerciais no ano que vem. Além de assentos individuais, que custarão a partir de US$ 450.000,00 (cerca de R$ 2,3 milhões), a empresa também oferecerá pacotes e o fretamento de voos inteiros.
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Segundo Michael Colglazier, seu CEO, a Virgin Galactic reiniciou a venda de passagens para aproveitar o aumento no interesse dos consumidores gerado pelo voo com Branson, que chegou a 86 km de altitude acima do deserto do Novo México, nos EUA. Além do “limite do espaço” reconhecido pelos EUA, de 80 km, mas abaixo do limite internacional conhecido como “Linha Kárman”, a 100 km.
Consumidores que já “levantaram a mão” expressando interesse (e pagando um depósito) pelo serviço terão prioridade. Uma segunda fila de espera será criada para os novos interessados.

A Virgin Galactic tem duas espaçonaves suborbitais: a VSS Unity, usada no voo de Branson, é uma “SpaceShipTwo”, desenvolvida pela empresa norte-americana Scaled Composites. Já a VSS Imagine, apresentada em fevereiro deste ano, é uma espaçonave de terceira geração, ou “SpaceShipThree”, que ainda não realizou um voo de teste. Uma terceira espaçonave (VSS Inspire) foi anunciada, mas ainda não foi construída.
O próximo voo da Virgin Galactic está programado para setembro, com pesquisadores da Força Aérea Italiana que conduzirão experimentos enquanto estiverem no espaço. Entre estes experimentos, projetados pelo Centro Nacional de Pesquisas da Itália, estão um estudo sobre os efeitos biológicos da transição entre gravidade e micro-gravidade e o uso de equipamento para testar a química de novos “combustíveis verdes”.
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