A Blue Origin está correndo contra o tempo para desenvolver um estágio superior reutilizável para o foguete New Glenn. A intenção da empresa espacial de Jeff Bezos é reduzir seus custos operacionais e se tornar ainda mais competitiva no mercado da exploração espacial, no que seria uma versão da Blue Origin para o promissor sistema de lançamento Starship, da rival SpaceX.
O sistema de lançamento da Blue Origin está sendo desenvolvido sob o codinome “Projeto Jarvis” e teve seu primeiro tanque de teste instalado nesta terça-feira (24) do Complexo de Lançamento 36, na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, no estado americano da Flórida. A Ars Technica, inclusive, teve acesso a algumas imagens do teste.
A Blue Origin não deu muitos detalhes sobre o que pretende para o estágio superior reutilizável do foguete New Glenn. Mas já se sabe que o estágio superior do veículo tem 7 metros de diâmetro e conta com dois motores BE-3U, que muito caros para serem “descartáveis”. Ou seja, o sistema precisa ser reutilizável para ser viável em uma competição contra o Starship da SpaceX.
Muito a ser testado

Segundo a Ars Technica, a Blue Origin ainda não bateu o martelo sobre como será seu tanque de combustível. Por conta disso, a empresa desenvolveu um processo de engenharia rápido e interativo, a fim de conseguir testar diferentes projetos de tanque. A intenção da companhia é desenvolver rapidamente um protótipo de tanque de propelente capaz de suportar vários lançamentos e reentradas.
A empresa tem estudado o uso de aço inoxidável para seus tanques, assim como a SpaceX fez para o estágio superior de seu sistema de lançamento Starship. Esta parece uma escolha óbvia, já que o aço inox é barato e capaz de suportar o aquecimento atmosférico enfrentado na reentrada, embora seja muito mais pesado do que outros materiais considerados para a tarefa.
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Uma segunda equipe está estudando diferentes abordagens para um projeto de veículo de reentrada. As opções consistem na instalação de grandes asas no estágio superior, com o veículo funcionando como um avião espacial que pousaria deitado ao voltar para a Terra. Uma outra abordagem é o uso de um motor aerospike, que funcionaria como um escudo térmico durante a reentrada na atmosfera.
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