Uma proteína chamada sonic, que recebeu este nome em homenagem ao icônico personagem da Sega, foi apontada por um grupo de cientistas como um tratamento em potencial para o Mal de Parkinson. Os pesquisadores dizem que o tratamento pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
A pesquisa, que foi publicada na revista científica Communications Biology nesta quarta-feira (22), mostra um novo insight sobre o papel da proteína sonic como um neurotransmissor. Além disso, a proteína também pode levar a tratamentos mais efetivos e acessíveis para pacientes de Parkinson.
Tratamento para poucos
Uma das consequências do Mal de Parkinson é a perda de neurônios produtores de dopamina. Alguns tratamentos para a doença buscam substituir esta molécula por uma outra, chamada de L-dopa. Porém, um dos efeitos colaterais disso é a chamada discinesia induzida por L-dopa (LID).
A LID tende a causar tremores involuntários nos pacientes, contudo, esses tremores podem ser neutralizados com estimulação cerebral profunda. Porém, o surgimento de um tratamento menos complicado pode melhorar bastante a qualidade de vida dos pacientes com Parkinson.
No entanto, de acordo com o professor da Escola de Medicina da Universidade da Cidade de Nova York (CUNY) e co-autor do estudo, Andreas Kottmann, a estimulação cerebral profunda é bastante invasiva e nem todas as pessoas são elegíveis para esse tipo de terapia, que é bem cara.
O que a sonic pode fazer?
A proteína sonic, que é inibida por uma outra proteína que homenageia a franquia da Sega, a robotnikinin, ajuda na criação de embriões, contudo, os cientistas ainda não sabiam que ela também funciona como um neurotransmissor.
Após descobrirem que os produtores de dopamina que são mortos pelo Parkinson também são produtores de sonic, os cientistas da CUNY acreditam ter uma chance melhor de restaurar os cérebros de pacientes de Parkinson ao estado do órgão antes da doença.
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Embora promissoras e animadoras, o tratamento ainda está em um estágio bastante embrionário, tendo passado apenas por modelos animais e necessitando de testes em humanos. No momento, os pesquisadores da CUNY buscam financiamento para aprofundar os estudos.
Via: Futurism
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