Empresa de táxis suspende frota de Tesla Model 3 após acidente fatal

Após um grave acidente fatal envolvendo um taxista com seu veículo Tesla Model 3, empresa francesa de táxis suspende o modelo de sua frota
Por Ronnie Mancuzo, editado por André Lucena 15/12/2021 14h26
Tesla Model 3
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A G7, uma empresa de táxis sediada em Paris, anunciou a suspensão de todos os seus veículos Tesla Model 3. A decisão ocorre dias após um grave acidente envolvendo um motorista da empresa e seu carro elétrico do mesmo modelo causar uma morte e ferir outras 20 pessoas, incluindo três em estado grave.

No último sábado, dia 11 de dezembro, um motorista de táxi dirigindo seu Tesla Model 3 na capital francesa perdeu o controle do veículo, que atingiu dois pedestres, um contêiner de vidro (que foi lançado ao ar), um semáforo e uma van em movimento.

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Uma investigação foi aberta pelas autoridades locais, com acusações de homicídio culposo e ferimentos não intencionais cometidos pelo motorista. As pessoas transportadas no veículo Tesla não estão entre os feridos.

Em nota, a G7 disse que, como medida de precaução e de acordo com seus procedimentos, decidiu suspender os 37 motoristas filiados à empresa equipados com modelo semelhante ao veículo envolvido, enquanto aguarda a investigação.

A G7 opera uma das maiores frotas de táxis Tesla do planeta. 50 deles são veículos Tesla Model S, que continuarão em serviço. Até o momento, a fabricante americana não comentou a decisão da operadora de táxis. Um porta-voz da Tesla indicou que a empresa permanece “à disposição das autoridades” para transmitir a elas os dados dos quais dispõe sobre o veículo envolvido no acidente.

Alegações de aceleração repentina não são novidade

No ano passado, a Administração Nacional de Segurança de Trânsito nas Rodovias (NHTSA) dos Estados Unidos investigou alegações de que os veículos da Tesla têm um defeito que leva a uma “aceleração inesperada repentina”. As ações da agência americana começaram após ela receber uma petição citando 127 incidentes alegados.

Em todos os casos, a Tesla afirmou que os registros dos veículos mostraram que houve erros de usuário, devido à aplicação incorreta do pedal. Ou seja, apontando que os motoristas pressionaram o acelerador em vez dos freios.

No início deste ano, a NHTSA divulgou os resultados de suas investigações, afirmando que os incidentes da Tesla envolvendo reclamações de “veículos acelerando por si mesmos” foram causados ​​por motoristas usando o pedal de forma errada. A Tesla também está enfrentando uma investigação semelhante na China .

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Ronnie Mancuzo
Redator(a)

Ronnie Mancuzo é analista de sistemas com especialização em cybercrime e cybersecurity | prevenção e investigação de crimes digitais. Faz parte do Olhar Digital desde 2020.

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.