Saiba o que é crupe, infecção causada pela ômicron em crianças nos EUA

Edson Kaique Lima15/03/2022 23h05
Crianca-Tossindo
Crédito: Pixel-Shot/Shutterstock
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O surto da variante ômicron do vírus da Covid-19 causou uma nova condição até então nunca vista em crianças infectadas pela doença: a crupe. Um relatório do Hospital Infantil de Boston, nos Estados Unidos, que já foi revisado por pares, apontou 75 casos conjuntos de crupe e Covid-19 em crianças.

Alguns dos casos, inclusive, surpreenderam os médicos, já que a manifestação da crupe foi mais forte do que quando a doença é ocasionada por outros patógenos. Mais de 80% dos casos de crupe ligados à Covid-19 ocorreram durante o período em que a variante ômicron era dominante na região.

“Houve um delineamento muito claro desde quando Omicron se tornou a variante dominante até quando começamos a ver um aumento no número de pacientes com crupe”, declarou o autor principal do relatório, Ryan Brewster, residente do programa de pediatria do Centro Médico de Boston.

Casos de crupe são mais comuns em bebês e crianças pequenas. Crédito: Shutterstock

O que é crupe?

Crupe é o nome popular de uma condição clínica conhecida como laringotraqueíte, uma doença respiratória que atinge principalmente bebês e crianças pequenas. É marcada principalmente por uma tosse intensa, que lembra o latido de um cachorro, intercalada com ruídos agudos durante a respiração.

Em geral, ela é causada por resfriados e outras infecções virais que possam causar inchaço ou inflamação ao redor da caixa de voz, traqueia e brônquios. Em casos mais graves, a doença pode contrair perigosamente a respiração das crianças, podendo gerar necessidade de intubação.

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Estudos anteriores já haviam apontado que, diferente de outras cepas, que tendem a se instalar nos pulmões, a variante ômicron tem uma preferência maior pelas vias aéreas superiores (nariz e garganta). Por conta disso, é possível que a crupe seja mais provável em infecções pela cepa.

Entre as crianças diagnosticadas com a doença em Boston, nenhuma morreu, porém, nove delas precisaram ser hospitalizadas. Outras quatro precisaram de cuidados intensivos, e 97% delas tiveram que se tratar com medicamentos como o esteróide dexametasona.

Via: Medical Xpress

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Redator(a)

Edson Kaique Lima é redator(a) no Olhar Digital