Elon Musk comprou o Twitter em outubro de 2022 e, em pouco mais de um ano, deixou um rastro de mudanças significativas na rede social. Uma das mais marcantes foi a aposentadoria do nome e da identidade visual da plataforma, que deu adeus ao passarinho azul, adotou o “x” branco e preto e virou X.

Ainda, o bilionário revelou que pretende tornar a rede um “aplicativo para tudo”, incluindo vídeos, pagamentos e criação de conteúdo. Começando 2024, o X aproveitou para relembrar os feitos de 2023 e revelou quais são as metas para este ano.

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Como foi o Twitter em 2023

Em comunicado, o Twitter, como ainda era chamado em boa parte do ano passado, reforçou alguns dos feitos alcançados em 2023:

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A plataforma escreve que tornou “a liberdade de expressão um valor central da plataforma” e melhorou a estratégia de moderação de conteúdo para garantir isso.

Vale lembrar que a rede social está sendo investigada na União Europeia (UE) justamente por problemas com moderação de conteúdo envolvendo desinformação sobre o conflito entre Hamas e Israel. O Olhar Digital explicou o caso aqui. Ainda, durante 2023, a plataforma foi acusada de promover conteúdo extremista, permitir discursos de ódio e dificultar acesso a sites que desagradaram Elon Musk.

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Veja medidas do ano passado, de acordo com o X/Twitter:

  • A empresa reforçou que fez melhorias na experiência do usuário e em produtos, como o Spaces e Comunidades. O comunicado não mencionou restrições importantes ao longo do ano, como o limite temporário de tuítes que irritou usuários;
  • A plataforma destacou que, agora, “prioriza vídeos”: lançou recurso de “vídeo imersivo” que segue crescendo; habilitou o upload de vídeos longos, com 30 minutos ou mais; e lançou chamadas de áudio e vídeo no próprio app;
  • Outro destaque foi as “Notas da Comunidade”. O X revela que a intenção do recurso é “melhorar a precisão e o equilíbrio das informações que as pessoas recebem”. Depois de um tempo, viu a desinformação crescer e passou a exigir fontes nas notas;
  • A rede social apresentou o Grok, assistente de pesquisa de inteligência artificial (IA) desenvolvido pela xAI, também de Elon Musk;
  • O X/Twitter escreveu que tornou a publicidade na plataforma “mais relevante e impactante” e viu aumento de 22% nos engajamentos.

No entanto, uma reportagem do New York Times revelou que a empresa poderia perder até US$ 75 bilhões (R$ 365,3 bilhões) até o final de 2023, sendo que já havia perdido mais de 20 anunciantes até a última semana de novembro.

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Nomes, como IBM, Apple, Disney, Paramount, Warner Bros, Sony, Lionsgate, Comcast e Walmart deixaram de anunciar por lá após posts antissemitas, discursos de ódio e de ideologia nazista mantidos na rede social.

X (ex-Twitter)
Imagem: sdx15/Shutterstock

Como será em 2024

Apesar dos reveses, o X afirmou que “continua a ser a principal plataforma para pessoas curiosas e influentes em todo o mundo”.

No comunicado, destacou “eventos e movimentos culturais” que surgiram na rede social e mostram a “lealdade” da comunidade: a saga OpenAI, Barbenheimer e o meme “Gag City” de Nicki Minaj.

A companhia de Musk, que, em 2023, também ganhou nova liderança, detalhou algumas das metas para este ano:

  • Potencializar ainda mais a experiência do usuário com publicidade por meio da inteligência artificial;
  • Lançar recurso de pagamentos, para abrir novas possibilidades entre usuários e comerciantes da plataforma. A medida também amplia a intenção do bilionário de torna a plataforma um “app para tudo”;
  • Continuar investindo em criadores de conteúdo e recursos de vídeo. Ou seja, espera ver menos textos e mais tuítes com audiovisual no app em 2024;
  • Começar a criar conteúdos originais, trazendo “talentos” para a plataforma. O X não detalhou o que essa medida significa, mas pode ser que siga a linha de outras redes sociais, como o TikTok, de ter time de criadores de conteúdo para promover a plataforma e engajar usuários.