Após captar aporte de US$ 60 mi, insurtech chilena Betterfly anuncia chegada ao Brasil

Igor Shimabukuro16/06/2021 14h07, atualizada em 17/06/2021 10h40
Captação da Betterfly anunciada em letreiro dos Estados Unidos
Betterfly/Divulgação
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Nesta quarta-feira (16), a startup chilena de seguros Betterfly anunciou a captação de US$ 60 milhões em uma rodada de investimentos série B. O aporte, que configura a maior arrecadação de uma insurtech na América Latina, vai auxiliar a expansão da companhia pelo continente, a começar pelo Brasil.

A rodada foi liderada pela DST Global e contou com participantes “de peso” como QED Investors, Softbank Latin America, Valor Capital e Endeavor Catalyst.

O montante arrecadado soma-se aos recursos de US$ 18 milhões captados seis meses atrás em um aporte liderado pela QED Investors, o que reforça o caixa da insurtech na busca de expandir os seus negócios.

“Com os recursos vamos nos expandir por toda a América Latina e vamos fazer isso passo a passo, mas o Brasil é o nosso maior passo”, destacou Leonardo Lima, responsável pela operação brasileira da startup. “O Brasil tem de ser o nosso maior mercado na região”, completou.

Brasil sob a ótica de uma lupa
Apesar de o planejamento englobar toda a América Latina, insurtech vai focar no Brasil. Foto: Ruslan Harutyunov/Shutterstock

O que faz a Betterfly

Fundada oficialmente em 2020, no Chile, a Betterfly oferece seguros de vida de uma forma inusitada. Isso porque a insurtech aumenta o valor da cobertura oferecida — cujo valor inicial é de US$ 8 mil — para usuários que aderirem práticas saudáveis, como caminhadas, exercícios físicos, meditação e outras atividades.

Ou seja, funciona como um sistema de pontuação e benefícios. Mas muito mais do que “engordar” o seguro, esses pontos (chamados de Better Coins), são utilizados para doações a instituições não-governamentais, já que são convertidos em mudas de árvores, litros de água e comida.

Além disso, a Betterfly disponibiliza o acesso a diversos apps de saúde e bem-estar. No Chile, os aplicativos são voltados para meditação, práticas fitness, economia e investimento, cursos de bem-estar, telemedicina, psicologia e nutrição.

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Em seu país de origem, a insurtech atende a mais de 500 mil profissionais, com mensalidades que custam a partir de US$ 4 (por funcionário) para as companhias.

No Brasil, os valores ainda não foram estipulados, já que a Betterfly segue em negociações com os parceiros locais para definir os benefícios e valores das apólices no país tupiniquim.

Plataforma da Betterfly
Plataforma oferece diversos aplicativos de saúde e bem-estar para usuários. Foto: Betterfly/Reprodução

Início próximo

Falando em Brasil, a Betterfly trabalha para reunir profissionais que vão integrar a equipe local. No Chile, a insurtech conta com cerca de 120 funcionários e a ideia é manter um ritmo parecido por aqui.

Ainda assim, a grande maioria dos trabalhadores ligados ao desenvolvimento da plataforma (cerca de 60% do total) deverão seguir em território chileno, a exemplo de outras startups do país vizinho como Cornershop e NotCo.

Por ora, a Betterfly vai continuar conversando com seguradoras brasileiras e ONGs, além de acelerar o processo de recrutamento por aqui. Se tudo correr dentro do planejado, as operações em solo tupiniquim devem ser iniciadas já no quarto trimestre deste ano.

Fonte: NeoFeed/Estadão

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Redator(a)

Igor Shimabukuro é redator(a) no Olhar Digital