No meio de uma das maiores crises já vividas pelo Facebook em seus 17 anos de vida, o CEO da empresa, Mark Zuckerberg, deu uma declaração polêmica em relação ao que pensa sobre o Facebook Papers. Para o executivo, a imprensa está mal informada sobre sua empresa e suas ações.
Em uma reunião trimestral para apresentação dos lucros, Zuckerberg declarou que acredita existir um pouco de má-fé por parte dos ex-funcionários da empresa. Para ele, tanto os ex-trabalhadores, quanto os veículos de imprensa, estão tentando demonizar o Facebook (que agora é Meta).
Conspiração contra o Facebook?
“As críticas de boa fé nos ajudam a melhorar, mas minha opinião é que estamos vendo um esforço coordenado para usar seletivamente documentos que vazaram para pintar uma imagem falsa de nossa empresa”, declarou o executivo durante a reunião com acionistas.
A declaração caiu como uma bomba na imprensa estadunidense, com diversos sites ironizando as palavras de Zuckerberg. Um editorial do The Next Web, por exemplo, descreveu o CEO do Facebook como “rei da desinformação” e declarou que a rede social foi “criada para desinformar”.
Imprensa mal informada

Porém, as declarações de Zuckerberg não foram palavras jogadas ao vento. Após a queda geral de todas as plataformas da empresa, no último dia 6 de outubro, Zuckerberg já deu a entender que a imprensa estava, de certa forma, mas mal informada sobre as ações da empresa.
Na ocasião, o bilionário disse que a empresa realmente sabia que o Instagram tinha um efeito negativo sobre a saúde mental de adolescentes e jovens. Porém, segundo o CEO, diferente do que foi noticiado, no fim das contas, os benefícios seriam maiores do que os prejuízos ao se observar o panorama geral.
Discurso ensaiado
Na mesma linha, a resposta do vice-presidente de comunicações, Tucker Bounds, a uma denúncia de que ele teria minimizado um escândalo de 2016. Na ocasião, supostamente, o Facebook foi usado por hackers russos para manipular as eleições dos Estados Unidos naquele ano.
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Em nota ao The Washington Post, que publicou a reportagem, a base da matéria não passava do relato de uma suposta conversa que teria acontecido há quatro anos. A porta-voz da empresa, Erin McPike, foi ainda mais dura nas críticas feitas à repercussão das denúncias.
A representante declarou que publicações como o The Washington Post e o The New York Times estão em uma espécie de disputa para publicar a história mais escabrosa sobre a rede social. O objetivo seria sujar a imagem pública da empresa e de seu fundador, classificando-os como inescrupulosos.
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