Starship SN20 é acionada mais uma vez em novo teste de disparo estático

Protótipo mais recente da nave orbital da SpaceX aguarda permissão ambiental de órgão de aviação para poder decolar pela primeira vez em 2022
Por Rafael Arbulu, editado por Rafael Rigues 30/12/2021 18h59, atualizada em 31/12/2021 10h26
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Imagem: NASASpaceFlight.com/Reprodução
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Enquanto aguarda a aprovação ambiental por parte da autoridade de aviação civil dos EUA (a FAA), a SpaceX mais uma vez ligou os motores da Starship SN20, fazendo a nave orbital passar – com sucesso – por mais um teste de disparo estático.

Esse tipo de teste envolve todo o processo de abastecimento e ignição do veículo, exceto a decolagem. A grosso modo, o acionamento dos motores acontece normalmente, mas o foguete não sai do chão.

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A Starship SN20 (Serial Number 20) é o protótipo mais avançado da espaçonave da empresa de Elon Musk. É ela que deve executar o primeiro voo orbital em caráter de teste da linha Starship, a fim de assegurar que o veículo cumpra aquilo que sempre prometeu: conduzir viagens até o espaço e retornar em segurança à Terra.

Musk, inclusive, vinha antecipando a vontade de executar esse teste desde pelo menos junho deste ano. Entretanto, complicações relacionadas a licenças ambientais acabaram adiando o processo. Finalmente prometendo um lançamento “até o fim de 2021” e, depois, “entre janeiro e fevereiro de 2022”, a SpaceX se viu forçada a adiar a ocasião mais uma vez, para pelo menos abril, por causa de atrasos processuais na Administração Federal de Aviação dos EUA.

O teste mais recente pode ter envolvido todos os seis propulsores Raptor acoplados à Starship, embora a SpaceX ainda não tenha confirmado os detalhes técnicos. Por ora, a empresa vem mantendo o silêncio, então ainda não haja informações sobre quantificações de força ou outros detalhes numéricos. Vale lembrar que, em novembro deste ano, a Starship SN20 passou por um teste de disparo estático anterior, confirmadamente com os seis motores Raptor acionados.

O “sistema” Starship consiste de dois itens – ambos com intenção de serem totalmente reutilizáveis: o massivo foguete Super Heavy e a nave orbital que dá nome ao projeto. A ideia é desenvolver um sistema de transporte de cargas – tripulação e/ou recursos – para a Lua, Marte e além.

Protótipos anteriores da Starship já voaram e pousaram (e explodiram) antes, mas nunca em caráter orbital: o voo mais alto foi a aproximadamente 10 quilômetros (km) de altura. Mais além, todos os lançamentos anteriores foram feitos com menos propulsores Raptor (em média, três motores de seis acoplados foram acionados) e nenhum deles foi acompanhado do Super Heavy.

A SpaceX indica que tudo o que falta para a execução do primeiro teste completo está no lado da FAA, e que, após a realização do primeiro teste, todos os outros poderão ser conduzidos em rápida sequência. No caso da SN20, o Super Heavy a levará até a órbita e cairá no Golfo do México minutos depois do lançamento, enquanto a nave em si seguirá ao espaço e retornará em queda no mar próximo à ilha de Kauai, no Havaí.

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital