A Nasa anunciou nesta sexta-feira (16) que selecionou a SpaceX para construir o veículo de pouso (“lander”) que será usado para levar astronautas à superfície lunar durante as missões do programa Artemis. A empresa de Elon Musk competia com duas outras empresas: a Dynetics e um “consórcio nacional” formado pela Blue Origin, de Jeff Bezos, Lockheed Martin, Northrop Grumman e Draper.

Leia mais:

Todas participaram da primeira fase do projeto, onde elaboraram propostas para seus sistemas de pouso. A Blue Origin recebeu US$ 579 milhões para desenvolver o “Blue Moon“, com um módulo de alunissagem de três estágios que pudesse ser lançado dos foguetes New Glenn, da própria empresa, ou Vulcan, da United Launch Alliance (ULA).

A Dynetics ganhou US$ 253 milhões para criar o Dynetics Human Landing System (DHLS), uma espaçonave única com capacidade de pouso e decolagem que seria lançada em um foguete Vulcan.

publicidade

Por fim, a SpaceX trabalha na conhecida Starship, e recebeu US$ 135 milhões. Os valores foram determinados de acordo com o nível de desenvolvimento de cada projeto, sendo o da Blue Origin o que estava, na época, em estágio mais avançado.

O Dynetics Human Landing System, proposta da Dynetics. Video: Dynetics

Originalmente, a Nasa escolheria dois projetos para prosseguir para uma segunda etapa. A escolha apenas da SpaceX reflete a confiança da agência espacial na companhia, que em breve lançará sua terceira missão tripulada ao espaço em um ano, enquanto concorrentes como a Blue Origin e Boeing ainda desenvolvem seus veículos.

O contrato da SpaceX com a Nasa é avaliado em US$ 2,9 bilhões (R$ 16,1 bilhões). O jornal norte-americano The Washington Post afirma que a proposta da empresa foi escolhida por ser “de longe era a que tinha o menor custo”.

A Nasa também gostou da capacidade da Starship de carregar grande quantidade de carga de e para a superfície da Lua, o que “tem potencial para melhorar consideravelmente as operações científicas”.

Agora cabe à SpaceX terminar o desenvolvimento da Starship e provar que ela pode levar astronautas à órbita e trazê-los de volta em segurança. Até o momento a empresa fez quatro testes de voo, levando protótipos a uma altitude de 10 km e pousando-os verticalmente. Destes, as Starship SN8 e SN9 explodiram no momento do pouso, a SN10 explodiu minutos após pousar e a SN11 explodiu em pleno ar, durante a descida.

Fonte: The Washington Post

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!