O Hospital Metodista de Houston, no estado americano do Texas, despediu 153 funcionários que se negaram a tomar a vacina contra a Covid-19. Inicialmente, o número de empregados do sistema hospitalar que negaram receber o imunizante era até maior, chegando a 178, porém, 25 deles acabaram mudando de ideia depois que a administração ameaçou demiti-los caso eles não tomassem o imunizante, então, eles foram vacinados e mantidos no quadro de empregados.
O hospital chegou a conceder isenções a alguns funcionários que não podiam receber a vacina por razões médicas válidas e presentes na bula do imunizante e também a mulheres com gravidez ativa. No entanto, esses 153 empregados não estavam em nenhuma dessas categorias, tendo decidido ativamente não receber a vacina por se declararem “antivax”, o que foi considerado inaceitável pela administração do hospital, já que eles teriam contato com pessoas doentes.
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Antes de serem demitidos, os funcionários chegaram a judicializar a questão e entraram com um processo federal contra seu então empregador, alegando que estavam sendo forçados a servir como “cobaias humanas” de um “medicamento não aprovado”. Contudo, de acordo com o portal Futurism, o imunizante escolhido pelo hospital, que não foi divulgado, foi um dos que recebeu autorização de uso da Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA).
Alegações jurídicas

Na ação, os agora ex-empregados também alegaram que o hospital exigia que seus funcionários fossem vacinados contra um vírus que ainda estava se espalhando ativamente, o que, na visão deles, era uma violação do Código de Nuremberg. Este código é um conjunto de diretrizes para pesquisa médica adotado após o fim da Segunda Guerra Mundial, a fim de evitar que atrocidades, como as cometidas pelo médico nazista Josef Mengele, voltassem a acontecer.
Porém, todos os argumentos apresentados por eles foram rejeitados pelo juiz que supervisionou o processo e o hospital foi autorizado a manter as demissões. Entretanto, pelo menos uma parte dos demitidos não ficará desamparada, já que Jennifer Bridges, que é enfermeira, antivax convicta e líder dos protestos contra o hospital, disse que já conseguiu um outro emprego, onde cuida de pacientes fora de um ambiente hospitalar.
Com informações da Associated Press
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