O satélite chinês Tianwen 1, que chegou a Marte em fevereiro deste ano junto com o rover Zhurong, ajustou sua órbita para começar sua missão de estudo do planeta vermelho. Até o momento ele servia apenas como um retransmissor, recebendo sinais e dados do Zhurong e os enviando para estações na Terra.

Originalmente, o Tianwen 1 estava em uma posição que o fazia orbitar Marte três vezes a cada dia marciano, que tem duração de 24 horas, 39 minutos e 24 segundos. Cada órbita elíptica tinha duração de 8 horas e 12 minutos, com a espaçonave chegando a uma altitude de 400 km da superfície no ponto mais próximo, e 12.000 km no mais distante. 

publicidade
Foto de Marte enviada pela Tianwen-1. Créditos: Divulgação/CNSA

De acordo com a Academia de Tecnologia de Voo Espacial de Shanghai, na China, para modificar sua órbita o Tianwen 1 disparou seus motores por 260 segundos na segunda-feira (8 de novembro), aumentando sua velocidade em 78 metros por segundo. Após a mudança, o satélite agora completa uma órbita a cada 7 horas e 5 minutos, a uma distância entre 265 km (no ponto mais próximo) e 10.700 km (no mais distante) da superfície.

O Tianwen 1 carrega sete cargas úteis científicas, incluindo câmeras de média e alta resolução para mapear grandes áreas de Marte e retornar imagens mais nítidas e focadas da superfície do planeta. Enquanto isso o Mars Orbiter Subsurface Investigation Radar (MOSIR), um radar de sondagem, vai explorar o gelo de água abaixo da superfície. Os alvos de particular interesse incluem crateras de impacto, vulcões e desfiladeiros.

publicidade

Também estão a bordo um espectrômetro mineralógico para detalhar a composição da superfície, analisadores de partículas para estudos atmosféricos e um magnetômetro. A órbita do Tianwen 1 passa sobre os polos de Marte, o que significa que, ao longo do tempo, ele será capaz de analisar toda a superfície do planeta.

Leia mais:

publicidade

A espaçonave foi projetada para uma vida útil de dois anos terrestres. Mas assim como o helicóptero Ingenuity ou o rover Curiosity, ambos da Nasa, sua missão pode ser prolongada. “No final do ano que vem, quando a vida útil do satélite chegar ao fim, projetaremos novas missões com base em suas condições específicas. Em seguida, diminuiremos sua órbita para uma observação mais próxima de Marte e obteremos mais dados”, disse Zhu Xinbo, vice-projetista-chefe da Tianwen 1, à emissora estatal chinesa CCTV.

Os dados de Tianwen 1 também serão usados ​​para informar e planejar futuras missões a Marte, incluindo uma ambiciosa tentativa chinesa de retorno de uma amostra de solo marciano, que poderá ser lançada em 2028.

publicidade

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!