A Rússia enviou nesta quarta-feira (24) seu último módulo à Estação Espacial Internacional (ISS). O módulo “Prichal” decolou a bordo de um foguete Soyuz-2 a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, às 10:07 (horário de Brasília). Ele será acoplado ao módulo científico Nauka (que foi lançado em julho deste ano) e adicionará à estação seis portas para conexão de espaçonaves como as Soyuz e Progress, que transportam cosmonautas e carga para a ISS.
O Prichal é o último componente do “lado russo” da ISS, concluindo sua construção após mais de 23 anos e inúmeros atrasos. Seu lançamento estava originalmente previsto para 2012, mas foi sucessivamente adiado devido aos atrasos na produção e lançamento do Nauka.
Ao mesmo tempo em que completa sua participação na ISS, a Rússia dá sinais de que não pretende continuar a parceria com as agências espaciais dos EUA (Nasa) e europa (ESA) por muito tempo: o líder da Roscosmos, Dmitry Rogozin, já deu a entender que o país poderia deixar a estação em 2025. Ao mesmo tempo, flerta com a China, que já está construindo sua própria estação espacial, a Tiangong.
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As tensões se elevaram na semana passada, quando um teste de uma arma anti-satélite russa destruiu um velho satélite soviético chamado Cosmos 1408. Houve risco de colisão de destroços com a ISS, o que forçou os astronautas a procurar abrigo em suas naves de retorno e se preparar para uma volta emergencial à Terra, caso necessário.
A Rússia minimizou a situação, dizendo que os fragmentos “não oferecem risco“. Entretanto, um relatório da empresa norte-americana LeoLabs afirma que o risco de colisão existe e persistirá por “décadas”, colocando em risco não só as missões atualmente em órbita, como as futuras.
Depois do susto, a ISS já retornou às suas atividades normais. Atualmente ela é tripulada por dois cosmonautas russos, quatro norte-americanos e um europeu, parte da Expedição 66.
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