Com a crise mundial afetando diversos mercados e segmentos, muitas empresas de tecnologia aderiram a demissão de funcionários como uma forma de lidar com o desaceleração econômica ao longo de 2022.

Além do aspecto econômico, outros motivos levaram as demissões, alguns por questões internas das empresas, gerando bastante polêmica.

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O Twitter certamente foi a empresa que se destacou, sendo que após Elon Musk assumir o controle da rede social a maior parte dos funcionários foi desligada. Porém empresas de diversos segmentos também realizaram demissões significativas. Confira nossa retrospectiva sobre empresas que tiveram suas equipes reduzidas.

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(Imagem: Photo Smoothies/ Shutterstock)

Virgin Hyperloop

A Virgin Hyperloop, empresa norte-americana de tecnologia de transportes, reduziu recentemente seu nome, deixando apenas “Virgin”. Em fevereiro deste ano, a empresa demitiu quase metade de seus funcionários. Ao todo 111 funcionários foram desligados.

A empresa atribuiu os desligamentos à crise global de suprimentos e os efeitos da pandemia de Covid-19

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Netflix

Após anunciar mudanças nas diretrizes de trabalho, a Netflix anunciou em maio a demissão de pelo menos 150 funcionários dos Estados Unidos. De acordo com a Reuters, essa demissão em massa representa uma perda de US$ 2 milhões da força de trabalho da gigante dos streamings nos EUA e Canadá.

“Essas mudanças são impulsionadas principalmente pelas necessidades dos negócios, e não pelo desempenho individual, o que a torna especialmente difícil, pois nenhum de nós quer dizer adeus a esses grandes colegas”, disse a empresa. “Estamos trabalhando duro para apoiá-los nessa transição muito difícil”, disse a Netflix em comunicado.

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Em junho, a Netflix anunciou um corte de mais 300 funcionários, sendo a maioria dos Estados Unidos. 

SpaceX

Em meados de junho, a SpaceX demitiu cerca de 5 funcionários que haviam criticado Elon Musk.

Em uma carta os funcionários defenderam três atitudes que deveriam ser tomadas dentro da empresa: A SpaceX deve se separar rápida e explicitamente da marca pessoal de Elon”, “[precisa] manter toda a liderança igualmente responsável por tornar a SpaceX um ótimo lugar para trabalhar para todos” e “definir e responder uniformemente a todas as formas de comportamento inaceitável”.

De acordo com as informações obtidas pelo New York Times, a SpaceX realizou as demissões pois a carta fez com que outros funcionários se sentissem  “desconfortáveis, intimidados e/ou irritados porque a carta as pressionou a assinar algo que não refletia seus pontos de vista”.

Tesla

Em junho, a Tesla, montadora de carros elétricos de Elon Musk, demitiu mais de 500 funcionários em uma fábrica do estado de Nevada.

A demissão em massa levou dois funcionários a moverem uma ação contra a empresa por violar a “Lei de Notificação de Ajuste e Reciclagem do Trabalhador” que prevê um período de aviso prévio de 60 dias.

OpenSea e corretoras de criptomoedas

Com a crise no mercado das criptomoedas, conhecida como “inverno cripto”, a OpenSea, o maior marketplace de NFTs do mundo, demitiu cerca de 20% dos seus funcionários em julho deste ano.

“A realidade é que entramos em uma combinação sem precedentes de inverno cripto e ampla instabilidade macroeconômica, e precisamos preparar a empresa para a possibilidade de uma desaceleração prolongada”, escreveu no Twitter, o diretor-executivo, Devin Finzer, após o anúncio das demissões.

Corretoras de criptomoedas também foram afetadas com o inverno cripto. Em julho, a corretora Gemini, dos Estados Unidos, alegou que a “turbulência nas condições do mercado” motivou um corte de 10% dos seus funcionários.

No Brasil a corretora de criptomoedas, Mercado Bitcoin demitiu cerca de 80 funcionários, conforme relata o CoinDesk.

SoundCloud

Em agosto, a empresa de streaming de música, SoundCloud, reduziu em 20% o seu quadro global de funcionários. A informação foi dada em primeira mão pela Billboard, que teve acesso ao comunicado enviado aos funcionários que informou que os desligamentos foram realizados por causa do “ambiente econômico e financeiro desafiador”.

“Já começamos a tomar decisões financeiras prudentes em toda a empresa e isso agora se estende a uma redução em nossa equipe”, disse o CEO da SoundCloud, Michael Weismann.

Oracle

Em agosto, a Oracle demitiu centenas de funcionários. Não foi divulgada ao certo a quantidade exata de funcionários afastados, mas segundo as fontes anônimas ouvidas pelo Wall Street Journal, os cortes foram destinados em maioria para as áreas de publicidade e experiência de consumidores.

Alibaba

O relatório do segundo trimestre de 2022 da Alibaba, mostra que a empresa demitiu 9.241 de seus funcionários. O primeiro trimestre da empresa também foi marcado por cortes, cerca de 4.375 funcionários, como uma tentativa de conter gastos em um período de alta da inflação.

Patreon

Para cortar gastos, a plataforma de doações online Patreon, demitiu 80 funcionários, o equivalente a 17% do número total de colaboradores da empresa.

Meta

Em setembro, a Meta, controladora do WhatsApp, Instagram e Facebook, anunciou seus planos em reorganizar equipes e reduzir a quantidade de funcionários

Não foi divulgada a quantidade exata de funcionários afastados, mas essa foi a primeira vez que a empresa reduziu seu quadro de colaboradores.

Amazon

Em novembro, a Amazon emitiu um comunicado informando sobre a decisão de reduzir funcionários de diversas equipes como Pessoas, Experiência e Tecnologia. Não foi informado ao certo quantos trabalhadores, mas a empresa relatou que os ajustes se estenderiam até o fim do ano. A Amazon também indicou que as demissões devem continuar em 2023.

Twitter

Após o fim da novela da compra do Twitter por Elon Musk, o bilionário fez o prometido: reduzir drasticamente o quadro de funcionários.

Ao assumir o comando Musk já demitiu executivos importantes da rede social, como o ex-CEO Parag Agrawal, o diretor financeiro Ned Segal e a chefe de política legal, confiança e segurança Vijaya Gadde.

No início de novembro, o Twitter comunicou funcionários de todo o mundo sobre os desligamentos. De acordo com o jornal New York Times, na época, 3,7 mil funcionários haviam sido afastados, incluindo trabalhadores brasileiros.

Outra medida após Musk assumir o controle da empresa foi a demissão de 80% dos funcionários terceirizados. De acordo com relatórios do Platformer, Axios e CNBC, o Twitter demitiu 4.400 dos seus 5.500 contratados.

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